Definitivamente o futebol é a maior expressão de masculinidade que existe. Está presente em tudo no universo masculino e é responsável pelo mais extraordinário acontecimento que tenho notícia: a volta do tempo.
Começamos do príncipio. Levando em conta o signo, a religião ou até mesmo a opção sexual, nada mais marca a característica da personalidade de um homem do que o time de futebol que ele torce. Dizem os mais espiritualizados que isso é uma escolhe eterna, ou seja, você carregará o clube do coração por toda a eternidade. Vixe, pobre dos sofredores!
Ninguém fica insento quando se trata de futebol, até o Mercadante não fica em cima do muro. Nunca acreditei naquele papo de ter dois times para torcer, um em S.P. e outro no R.J., um em Portugal e outro na P.Q.P., ou então, que jornalista não torce pra ninguém, tão menos jogadores e técnicos, tudo balela. Para mim, desde que o cabra escolhe, ainda na infância ou na fase infanto – juvenil, a camisa que vestirá, ela nunca mudará. É amor único, não dá para ser bígamo; Imparcial, impossível. (Mas, atenção mulheres, se o cara que você estiver junto não tiver time, comece a duvidar se ele é cara mesmo, Uiiii)
Para se ter uma noção de como essa paixão nos cega os olhos, time bom, o melhor do mundo, é aquele pelo qual você torce, pode ser o Íbis, o ASA de Arapiraca, ou o Corinthians. Você bate e apanha pelo seu clube, na maioria dos casos só apanha. Sei que chorar é coisa de mulher em final de novela das seis, mas cá entre nós, manos, quantas lágrimas não derrubamos pelos estádios, poltronas ou mesas de bar espalhados por este país abençoado pela bola de Miller ( o Charles, não aquele ex-atacante bambi) após conquistas ou fracassos.
O Futebol nos acompanha para sempre, é a única maneira de viajar no tempo que conheço. Homens, grisalhos ou carecas, barrigudos ou lombrigas gestantes, voltam à infância quando se juntam para uma pelada. É só colocar a camisa do time favorito e se imaginar sendo o Pelé ou o Romário, isso vai da imaginação de cada um, mas o sentimento é igualzinho ao que se tem aos 5, 6 anos de idade e se chuta uma bola pela primeira vez.
Você pode ter 60 anos, ser presidente de multinacional ou ser um office boy de 18, judeu ou palestino, hetero ou não, a questão é a seguinte: dentro daqueles 5, 10 ou 90 minutos de jogo, enquanto o corpo já debilitado agüentar, quebra-se a barreira física entre tempo e espaço, voltamos à infância e realizamos nossos sonhos distantes toda vez que uma galera se junta pra um futebolzinho.
Dessa forma, acredito que isso seja a nossa maior vantagem em relação ao universo feminino, mulher não volta à infância. Imagina um grupo de senhoras reunidas para brincar de barbie, simplesmente não rola. Por isso, homens, aproveitem isso. Enquantos elas, bom, elas ainda têm aquele lance de orgasmos múltiplos, putz desvantagem.
Sei que não posso deixar de citar o avanço do futebol no mundo feminino, com também não posso negar que a Marta é muito melhor que a maioria dos perebas que desfilaram pelos nossos gramados neste Brasileirão, mas creio eu que ainda vai levar muito tempo para ver uma vovozinha marcar um futebolzinho com as amigas. Só de imaginar a cena, começo a rir.
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